Quando o assunto é o CD Expresso Barbárie o único Dillema é: Ouvir ou Ouvir. Uma grande banda no cenário hardcore brasileiro, a Dillema vem com uma proposta muito forte em suas letras e aquela velha e boa melodia que adoramos.
Nos da InfestHC tivemos a honra de entrevistar essa banda incrível e sem mais delongas está ai mais uma entrevista exclusiva com uma banda que está ai na luta, representando a cena hardcore.
Primeiramente eu gostaria de agradecer por nos dar a honra dessa entrevista, pois somos um blog novo temos aproximadamente 2 semanas na ativa e ter uma banda que representa perfeitamente a nossa proposta é extremamente valoroso para nos da InfestHC.
InfestHC - Para começar nos fala um pouco sobre a banda, quem são os integrantes e desde quando ela existe.
Pablo - Ae, galera do InfestHC! É um prazer. Dillema é uma banda que, até pouco tempo atrás, tinha 5 integrante, 1 morando em Recife e 4 morando em Olinda, bem juntinhos, aqui em Pernambuco. Esse de Recife é Kdo, que precisou deixar a banda bem recentemente, por motivos de trabalho e de outras realizações de vida. Agora somos nós 4, segurando com uma guitarra só o nosso som. Tá bem legal nosso entrosamento, tamo evoluindo. Somos Pablo (Eu VOCAL), Rhayann (baixo), Luan (bateria) e Vegeta (guitarra). Luan e Rhayann são irmãos. A gente ta junto desde pirraia tocando por ai, desde uma banda horrível cujo nome prefiro não revelar (hahaha). Mas muitos anos atrás partirmos para esse lance do Hardcore e somos completamente apaixonados por isso e pelo que fazemos. Queremos tocar bastante no Brasil inteiro, compondo cada vez mais e melhor, jogando nossa mensagem, sendo útil (muitas vezes não somos).
InfestHC - De onde vem o nome da banda “Dillema” e também do Álbum “Expresso Barbárie”?
Pablo - “Dillema” foi idéia de Kdo. Não sei de onde ele tirou. Mas é legal. Acho que todo mundo vive dilemas, toda classe social. Mas não tem muito significado específico não. Só sei que quero fazer alguma capa de álbum na qual os dois ll sejam as torres gêmeas do WTC pegando fogo (hahaha).
Já o “Expresso Barbárie” é o nome de uma música que marcou muito. Refere-se à história de um indivíduo sem oportunidades numa megalópole qualquer, esquecido, sozinho. Ele está rumo à barbárie, por isso o nome.
InfestHC - Eu conheci a banda no começo do ano pela internet, acredito que tenha sido pelo Orkut da banda Rótulo, e vi que vocês disponibilizam o CD via download. E ai qual a posição da banda em relação a gastar uma grana para gravar um cd ( que por sinal é muito bom) e disponibilizarem ele gratuitamente? E o CD é só digital ou tem um físico?
Pablo - Tem físico também, pra facilitar a divulgação (o cara que pega um desses num show lembra mais fácil de escutar a banda de novo quando chegar em casa). Às vezes a gente até tenta vender pra sair uma graninha e amenizar os custos que tivemos! Mas na maioria das vezes terminamos por dar mesmo! Ah, nem me fale da Rótulo! Uma das melhores bandas que conheço no Hardcore (não to sendo irônico, nem exagerado... Acho mesmo!) Os caras são massa!
Gastamos pouquíssima grana pra gravar o disco, já que foi quase tudo no Mamãe’s House, estúdio de Rhayann e Luan. Mas gastamos pra rodar as cópias. E ainda não pagamos tudo! É osso, mas temos que correr atrás pra fazer a parada rolar... Ralar! Disponibilizamos gratuitamente de boa. Tudo isso que vivemos é pra fazermos amigos, trocarmos idéias sensacionais e sermos felizes, tentando fazer algo de bom das nossas vidas.
InfestHC - A banda tem um som muito forte com letras diretas e carregadas de sentimentos, assim como o bom hardcore deve ser. Vocês acreditam que o público consegue captar o que estão tentando passar?
Pablo - Nem sempre. Espero que prestem mais atenção. Já teve público que não recebeu a gente bem, aqui em Recife. Mas em geral a galera saca e isso me deixa muito satisfeito, insano.
InfestHC - Acho que definir uma banda e rotulá-la é algo muito difícil, apesar de eu ter dito acima que vocês fazem um “bom hardcore”. Quais as principais influências da banda e como vocês se definem?
Pablo - Nos definimos Hardcore. Umas das bandas que a Dillema curte muito é a Comeback kid, la das grigas. Tem varias bandas que são iradas e que tão longe de se misturar com o nosso estilo, mas que não pode faltar no nosso tocador. Belvedere, Zander, Garage Fuzz, This is a Standoff , Lagwagon, No use for a name . . . Nossa são tantas.
InfestHC - Vocês são uma banda de Olinda – PE e ai o frevo e o maracatu são ritmos marcantes, ao menos é o que é passado para quem não mora ai assim como o carnaval de Olinda. Como que a banda se encaixa nesse cenário fazendo uma música muito diferente desse contexto e como é o cenário do rock ai em Pernambuco?
Pablo - É bem diferente sim, mas eu acho que a variação de energia por unidade de tempo que a gente irradia (ou absorve?) quando estamos no Carnaval mais foda do mundo (com o Frevo e o Maracatu que são extraordinários produtos culturais de um povo ímpar) é tão grande quanto a que rola quando estamos curtindo Hardcore. Então tá tudo de boa! Eu to a fim de fazer um disco com versões dos frevos pernambucanos em hardcore (hahaha)
InfestHC - Vocês estão fazendo uma turnê pelo nordeste para divulgar o CD Expresso Barbárie. Como está se dando esse processo de divulgação desse novo trabalho e vocês tem planos de fazer uma turnê em outras regiões do Brasil?
Pablo - Tá muito legal a divulgação. Tamo sacando que tem muita gente por ai que curte nosso som e ta sendo uma surpresa muito agradável e forte. Tamo doido pra colar no Sudeste no começo do ano. Já tamo com alguns convites. Vamo se organizar, esperar outros, deixar tudo firmeza e seguir viagem!
InfestHC - Vocês gravaram uma mísica com a banda Piron Heron que são de Fortaleza – CE. Nos conta como se deu essa parceria e quais os planos futuros da banda.
Valeu, brother.
Ass : Pablo de Castro (Vocalista da Dillema)
É isso ai galera. A entrevista aconteceu muito rápido e é isso que mais me atrai no cenário undergroud, essa cooperação entre a galera que está na luta para fazê-lo dar certo!
E para quem está em Maceio vai rolar um super show alternativo, para quem não gosta de Forró e nesse período sente-se sufocado pelo mesmo! Abraços a todos e mais uma vez valeu galera da Dillema. Força!!
Por: Daniel Samsa
